Baixam impostos sobre carros importados

A compra de carros usados importados é mais vantajosa a partir deste ano. O Governo acarretou uma decisão da Comissão Europeia e alterou, no Orçamento de Estado 2011, a legislação relativa ao cálculo do Imposto Sobre Veículos a aplicar aos automóveis importados. Como resultado, um carro importado pode ter uma redução do imposto que pode atingir os 40%, no caso de o veículo ter mais de cinco anos.

A partir de agora, a tabela de redução do Imposto Sobre Veículos ( ISV) mantém os mesmos anos de tempo de uso em vigor no ano passado e as percentagens de redução de ISV (que vão entre 20% para carros com mais de um a dois anos, até 52% para carros com mais de cinco anos), mas altera os critérios a ter em conta para calcular a redução.

Na prática, a nova fórmula de cálculo do ISV, para 2011, dos veículos importados passou a incluir duas componentes, a cilindrada e a ambiental (emissão de CO2). Como entre 2009 e 2010 o cálculo da redução de ISV nestes veículos só contemplava a cilindrada, a partir deste ano aumenta o valor que vai beneficiar de redução do ISV nos carros usados importados.

Segundo cálculos da Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação (ANECRA), no caso de um Opel Corsa com mais de um a dois anos há uma redução do preço a pagar de 58,49 euros, face a 2010. Mas se o mesmo Opel Corsa tiver mais de quatro a cinco anos, a redução de preço em relação ao ano passado é de 161,48 euros. Já numa gama de cilindrada mais alta, um BMW X5 com mais de um a dois anos custa menos 1823,81 euros do que em 2010, e se o mesmo modelo tiver mais de quatro a cinco anos fica mais barato 5978,82 euros.

"Com os rendimentos das pessoas cada vez mais reduzidos o que vai acontecer é que na hora de comprar carro os consumidores vão colocar a hipótese de comprar um usado importado", refere o secretário-geral da ANECRA, Jorge Neves da Silva. Para Neves da Silva, esta alteração é uma ameaça para a venda de carros novos e de usados em Portugal, mas é consequência de uma exigência da Comissão Europeia. O mercado vai ainda ser penalizado pela introdução "no parque automóvel de veículos mais velhos e mais poluidores", defende Neves da Silva.

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